O cancro mole é uma doença sexualmente transmissível (DST) causada pela bactéria Haemophilus ducreyi e manifesta-se tipicamente como úlceras na região genital., sendo também conhecido pelos nomes de cancroide, úlcera mole venérea ou «cavalo». O Haemophilus ducreyi é uma bactéria altamente contagiosa capaz de penetrar a pele através de microscópicas feridas, como aquelas causadas pelo atrito do ato sexual. Não é preciso haver ejaculação para que ocorra a transmissão, e a bactéria pode ser transmitida através do sexo pela via anal, vaginal ou oral. Tocar nas lesões contamina os dedos, que podem transportar a bactéria até outros pontos do corpo como a cavidade oral, por exemplo. O cancro mole é cerca de vinte vezes mais comum em homens do que em mulheres. O período médio de incubação do cancro mole é de 4 a 10 dias, porém há casos em que a lesão surge já no dia seguinte e casos que demoram mais de 30 dias para aparecer. O quadro inicia-se com uma pequena lesão avermelhada, que rapidamente se transforma em uma pústula (ferida com pus) e posteriormente em uma úlcera, à lesão típica do cancroide. A úlcera do cancro mole costuma medir 1 a 2 cm de diâmetro e é muito dolorosa. A base da lesão costuma ser inflamada e purulenta, sangrando facilmente com atrito. O paciente contaminado normalmente apresenta mais de uma úlcera em sua região genital, tipicamente 1 a 4 lesões ao mesmo tempo. Os sintomas caracterizam-se por lesões múltiplas (podendo ser única), tipo úlceras, habitualmente dolorosas, de borda irregular, com contornos eritemato-edematosos (inchados e vermelhos) e fundo irregular, cobertas por exsudato necrótico, amarelado e de mau cheiro. Apresenta também coceira e dor na relação sexual. A presença do cancro mole aumenta o risco de contaminação pelo HIV e por outras DSTs.