Elastase Pancreática
Instruções para paciente
INTERPRETAÇÃOA pancreatite crônica é uma doença inflamatória que normalmente causa dor e/ou perda permanente da função do pâncreas. Uma das principais complicações na pancreatite crônica é a condição designada como insuficiência pancreática exócrina, que causa má digestão. Ela ocorre quando a quantidade de enzimas liberadas e transportadas para o intestino delgado é inadequada para uma boa digestão dos alimentos e absorção dos nutrientes. Os sintoma clínicos da insuficiência pancreática incluem: esteatorréia, perda de peso, desconforto abdominal devido à má digestão e subnutrição. Qualquer condição que bloqueie as vias pancreáticas, danifique ou destrua as células que produzem elastase pode causar insuficiência pancreática. A insuficiência pancreática é geralmente detectada em pacientes com pancreatite crônica, alguns casos de câncer do pâncreas, fibrose cística, síndrome de Shwachman-Diamond e doença celíaca, assim como outras doenças que afetam o pâncreas.
A elastase pancreática 1 ou elastase fecal 1 (FE-1) é uma enzima específica do pâncreas altamente estável durante a passagem através do aparelho gastrointestinal. A FE-1 é enriquecida na matéria fecal comparativamente aos sucos pancreáticos, podendo ser utilizada como indicador da função pancreática exócrina. Os níveis de FE-1 diminuem em pacientes com insuficiência pancreática, sendo as concentrações inferiores a 100 ug/g nas fezes consideradas uma insuficiência pancreática grave e superiores a 200 ug/g um nível normal. Os benefícios do teste dos níveis de Elastase Pancreática 1 nos pacientes para diagnosticar a insuficiência pancreática incluem melhor sensibilidade e especificidade do que o teste com quimotripsina e, ao contrário de outros testes, não é invasivo e não exige que os pacientes consumam uma dieta especial nem interrompam a terapêutica de substituição da enzimas pancreáticas.